Atualizada às 13:33 

Oito dos 33 presos em Operação Flak, da Polícia Federal (PF) tiveram as solturas autorizadas pela Justiça Federal. A liberação ocorreu entre os dias 1º e 6 de março, durante o carnaval.

Os soltos são Matheus Peixoto, Iron Ribeiro, Frederico Sardinha, Francisco Silva, Sueli de Lima, Mário Goreth, sendo os dois últimos Geverson Bueno e Francisco Braga, liberados na última quarta-feira, 6.

A Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) informou que apenas um dos oito alvarás de soltura foi encaminhado até a manhã desta sexta-feira, 8. 

O grupo detido é suspeito de fazer parte do uma organização de tráfico internacional de cocaína.  Já João Soares Rocha, suspeito de chefiar uma associação criminosa, continua preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP) desde o dia 21 de fevereiro, após deflagração da Operação Flak.

Caso

Conforme a PF, a investigação do caso começou há dois anos e desde então, os agentes federais descobriram que entre 2017 e 2018, foram realizados no mínimo 23 voos transportando em média 400 quilos de cocaína cada. Ao todo foram mais de nove toneladas da droga para tráfico internacional. A organização movimentou ao menos R$ 13 milhões com essas ações. A PF ainda descobriu e localizou um submarino no Suriname, que supostamente levava droga para a costa africana pelo mar. 

O grupo atuava há pelo menos dez anos em quatro núcleos bem estruturados para que as drogas saíssem de países produtores como Bolívia e Colômbia, passando por países intermediários como Suriname, Guiana Francesa e Guatemala para chegar ao destino final, sendo na Europa, Estados Unidos e Brasil.

O Tocantins servia como ponto de apoio para o núcleo mecânico, onde eram realizada a manutenção das aeronaves e adulteração dos seus sistemas, segundo a PF, por não ser um Estado tão visado para o tráfico de drogas.

A Operação foi comandada pela PF do Tocantins, contando com 400 policiais e foram cumpridos 55 mandados de prisão, sendo presas seis pessoas no Tocantins, 14 em Goiás, uma no Distrito Federal, quatro no Pará, uma no Paraná, uma em Roraima, e uma em São Paulo.