A Associação Saúde em Movimento (ASM), empresa que gerencia as unidades de terapia intensiva (UTIs) em hospitais públicos no Tocantins, não respondeu ao questionamento do JTo de como pagará os funcionários que reclamam da falta de pagamento há quase dois meses.

Em nota, a ASM alega que o repasse de verba do governo para administração dos leitos “nunca cobriu os custos elevados” e de comum acordo negociou a rescisão contratual de 60 leitos que administrava.

Na resposta, a associação afirma ter devolvido ao governo 60 leitos de UTI e tomou esta decisão após “várias tentativas de negociação” e em “comum acordo” com o Estado.

Houve a devolução de 10 leitos do Hospital Regional de Augustinópolis, 20 do Hospital Geral de Palmas, 20 do Hospital e Maternidade Dona Regina e 10 do Hospital Regional de Porto Nacional, como o JTO antecipou há cerca de 30 dias.

Ainda segundo a nota, a empresa tenta junto ao governo um reequilíbrio financeiro contratual desde o fim de 2022, mas afirma ter encontrado “resistência do poder público”, o que também justifica ter pedido a rescisão de parte do contrato. 

“Em função do desequilíbrio financeiro dos contratos, a ASM está neste momento com algumas pendências”, diz, sem especificar as ações judiciais de fornecedores e as inúmeras reclamações de funcionários.

A associação segue gerenciando 50 leitos no Hospital Geral de Palmas e 20 no regional de Araguaína e garante que não deixou de prestar atendimento hospitalar. “Mesmo acumulando prejuízo, a  ASM nunca deixou de atender o paciente, mantendo a prestação do serviço”.