O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, neste sábado (23), a abertura de procedimento para uma apuração preliminar sobre planilhas apreendidas na Operação Lava Jato, que mostram doações feitas pelo grupo Odebrecht. Cerca de 300 políticos com e sem foro privilegiado de diversos partidos foram beneficiados.  Os valores repassados ultrapassariam os R$ 55 milhões.

O material será analisado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.Ele decidirá se pede ou não a abertura de inquéritos sobre os mencionados na lista. 

Os documentos que servem de base para a abertura do procedimento foram apreendidos na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Junior. Ele foi preso na 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé.
Nesta fase o principal alvo foi o marqueteiro João Santana e a mulher dele e sócia, Mônica Moura. Os dois trabalharam em campanhas do PT. 

As tabelas apreendidas pela Polícia Federal mostram que os repasses foram  feitos pela Odebrecht para as campanhas municipais de 2012 e para as eleições de 2010 e de 2014. Ainda não é possível afirmar se as doações são legais de campanha ou se feitas por meio de caixa 2.