Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar impedir que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Futebol tivesse acesso à quebra de seus sigilos fiscais e bancários.

Em seu processo, Teixeira alegou que a solicitação foi feita para evitar qualquer ato "ilegal e abusivo" do senador Romário de Souza Faria (PSB-RJ), presidente da CPI, com vazamento de dados.

Um requerimento aprovado pelo órgão em dezembro passado determinou a quebra dos sigilos.

De acordo com o ex-presidente, há o "justo receio" de que seus dados sejam indevidamente divulgados para a imprensa e para o público em geral, por ação ou omissão do senador.

"Isso pode acontecer porque o requerido vem demonstrando dar pouca importância para os limites e para os cuidados reclamados pela sua atuação parlamentar à frente do colegiado que comanda no Senado Federal", afirmou Teixeira, no processo.

O ex-dirigente, também indiciado pela Justiça dos Estados Unidos nas investigações de subornos no futebol mundial, ainda argumenta em sua ação que durante a CPI da Nike, seus dados foram indevidamente divulgados em um livro de dois deputados federais e também no site da Câmara dos Deputados.

Em sua decisão, o ministro Fachin apenas disse que não daria a liminar, mas sem prejuízo da avaliação do mérito.