Uma veterinária de 28 anos de idade, relatou ao Jornal do Tocantins, na tarde desta sexta-feira, 4, que sofreu estupro do próprio primo, que também é padrinho. Segundo a vítima, que registrou Boletim de Ocorrência no 1° DP, em Palmas, o crime ocorreu no último final de semana, em uma festa, numa chácara, na Capital, durante comemoração do aniversário de uma funcionária da clínica de sua propriedade. O suspeito tem aproximadamente 41 anos.   

A jovem narrou que durante um determinado momento da festa, o padrinho lhe entregou um copo de cerveja, e ela acredita que nele havia um "sossega leão", porque perdeu a consciência minutos depois de ingerir a bebida . “Então como estava inconsciente, minhas amigas me levaram para o quarto e logo em seguida elas contaram que ele entrou no quarto e trancou a porta. Então, as meninas começaram a bater na porta e gritar para ele abrir e ele não abria, porém, depois de muito gritar, a porta foi aberta e elas relataram que eu estava nua na cama”.  

De acordo com a vítima, essa não foi a primeira vez que ele a violentou. Segundo a mulher, os abusos começaram quando ela tinha ainda 9 anos de idade, mas por medo do suspeito, ela nunca teve coragem de contar sobre o crime. “A minha mãe o criou a vida inteira e ele é uma pessoa extremamente agressiva, estourada, mas comigo ele sempre me tratava bem na frente das pessoas, mas cometia abusos e eu nunca contei para ninguém porque ele me ameaçava de morte. E além de falar que me mataria, dizia que se eu contasse para alguém materia também minha mãe e meus irmãos”.

A vítima diz que o que a encorajou a fazer a denúncia desta vez é porque todos na festa ficaram sabendo o que ocorreu. “Após ele abrir a porta do quarto fugiu e desde então não sabemos mais dele, até o chip do celular já não existe mais, porque quando ligamos fala que o número é inexistente”.   

Após o crime, a vítima foi encaminhada pela Polícia Civil ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames periciais e posteriormente para o Hospital Dona Regina. “Depois de uma semana já estou conseguindo assimilar o que aconteceu e falar sobre o assunto. Estou recebendo bastante apoio, até mesmo das outras mulheres que foram vítimas dele. Mas não me arrependo de ter denunciado e não tenho hoje nenhum pouco de medo dele”.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informa que o caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM-Palmas) e que o inquérito policial é sigiloso.