A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou ao Jornal do Tocantins que no Estado do Tocantins há 13 profissionais infectados, em cinco unidades hospitalares geridas pelo Executivo Estadual. Durante reunião na Assembleia Legislativa, o secretário Edgar Tolini citou a existência de 21 casos confirmados, mas esse número engloba os que atuam na rede privada.
 
No total existem 120 profissionais da saúde na rede pública suspeitos de contaminação. Segundo a SES, eles apresentaram síndrome gripal, estão afastados de suas funções e seguem monitoramento pela Superintendência de Gestão Profissional e Educação na Saúde. 
 
"A área técnica de saúde do trabalhador da saúde monitora diariamente com os Núcleos de Saúde e Segurança do Trabalhador NASST e com os Recursos Humanos nas unidades onde não há o NASST, a situação da disposição da força de trabalho nos estabelecimentos de saúde", afirma, em nota.
Segundo a SES, o monitoramento consiste "no acompanhamento de servidores infectados, suspeitos e com quadro gripal e no apoio técnico psicológico nas unidades com servidores infectados".
 
De acordo com o órgão, com base no Decreto nº 6.072, afastou 543 servidores da saúde. O grupo inclui 183 idosos, 119 gestantes ou lactantes, outros 31 com guarda de criança menor de um ano e mais 211 que são portadores de doenças crônicas.
 
Simed quer testagem de todos os profissionais
 
De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos (Simed-TO), Janice Painkow, a entidade recebeu relatos de dez infectados somente no Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDB). A SES confirmou apenas seis casos, três recuperados, 2 assintomáticas e 1 com sintomas leves.
 
Segundo a médica e presidente do Simed, é preciso ampliar a testagem dos profissionais. “O Estado deve tomar as providências necessárias para a testagem para Covid-19 de todos os profissionais de saúde que atuam na rede pública do Tocantins. Defendemos que todos eles precisam ser testados porque estão no lugar de atendimento a todos os pacientes e, assintomáticos, podem estar repassando o novo coronavírus”, afirma. 
 
Segundo ela, os médicos e demais profissionais da saúde não são imunes ao contágio nem às consequências da Covid-19. “Esses profissionais estão cada dia mais e mais expostos seja na iniciativa privada ou na pública, e isso requer desta secretaria esse gesto de responsabilidade, de bom senso e de medida preventiva para poupar os profissionais de que sejam hospedeiros do vírus e represente consecutivas baixas no quantitativo de profissionais, tão necessários nessa hora”.