João Soares Rocha foi transferido para Palmas na manhã deste domingo (24), após ser preso perto da fronteira com o Paraguai. Ele é suspeito de chefiar uma rede de tráfico internacional de drogas com aeronaves e até um submarino improvisado. O grupo é investigado pela Polícia Federal na Operação Flak, desde 2019.

O suspeito estava foragido desde 2020, depois de conseguir uma decisão de liberdade no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. A prisão dele aconteceu na quinta-feira (21), depois que agentes conseguiram identificá-lo em uma casa que estava em obras na cidade de Ponta Porã (MS).

Ele chegou ao aeroporto de Palmas em um voo da Polícia Federal e foi levado para a sede da PF, sob forte escolta policial. Ainda não há informação do local em que ele ficará preso. O g1 não conseguiu contato com a defesa dele.

Vivia disfarçado

No momento da prisão, João Soares apresentou documentos falsos aos policiais federais. Ele também estava disfarçado com boné, óculos e bigode.

No depoimento, o suspeito disse à polícia que morava em dois endereços sendo um em Pedro Juan Caballero, no Paraguai e outro em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

Os policiais federais apreenderam três rifles, pistolas, munições, alvo para treino de tiro tático, dólares e aparelhos celulares.

Procurado pela Interpol

O nome dele estava na lista de procurados da Interpol. Contra ele havia dois mandados de prisão em aberto, um expedido pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária no Tocantins e pela 4ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida do Tribunal de Justiça de Goiás.

Além do mandado de prisão pela suspeita de tráfico internacional, João Soares também era procurado por suspeita de ser o mandante do assassinato de Silvio Dourado, advogado e policial federal aposentado e namorado de sua ex-mulher. O crime aconteceu num semáforo em Goiânia numa avenida movimentada em abril de 2020.

Operação Flak

João Soares da Rocha é dono de fazendas, aviões, postos de combustíveis e até um hangar. Segundo a PF, o grupo chefiado por ele utilizava pistas de pouso em Palmas e em Porto Nacional, no Tocantins, como ponto de apoio para movimentar as drogas.

O grupo criminoso começou a ser investigado em 2018 depois que uma aeronave com 300 quilos de cocaína foi apreendida em Formoso do Araguaia. O principal investigado, apontado como chefe da quadrilha, é João Soares Rocha.

al federal aposentado e namorado de sua ex-mulher. O crime aconteceu num semáforo em Goiânia numa avenida movimentada em abril de 2020.