Palmas recebeu nesta quarta-feira, 31, 70 ônibus que farão o transporte coletivo de passageiros. O reforço na frota tem o objetivo de reduzir o tempo de espera dos usuários e amenizar a superlotação, principalmente na região sul da capital. Todos estarão nas ruas até a segunda semana de de fevereiro.
 
Desde que assumiu o serviço de transporte público com o fim das concessões de empresas que duraram mais de 30 anos, no fim de 2022, a prefeitura tem que lidar com a insatisfação dos usuários além de constantes problemas com ônibus quebrados. Alguns até pegaram fogo durante os itinerários. Um dos casos aconteceu em novembro de 2023, no Jardim Aureny III. Felizmente ninguém se feriu.
 
Segundo a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), em entrevista à TV Anhanguera, a frota conta agora com 247 ônibus e os veículos entregues têm cerca de um ano de uso. "É necessário a gente entender que o aumento na necessidade de rotas fez obviamento com que nós pudéssemos ter mais carros aderindo a essas novas rotas, oui seja, todos esses veículos até o dia 12 de fevereiro devem estar na rua", afirmou.
 
A prefeita também afirmou que haverá reforço nas rotas com maior número de usuários e que constantemente geram reclamação por causa da lotação e outros problemas. Ela citou como exemplo as linhas 010 do eixão, a 013, exclusiva para mulheres, a 020, que faz a TO-050, e de bairros que ficam na região norte e se sobrecarregam nos horários de pico.
 
"Nós estamos falando de 200 ônibus que estarão rodando e 47 que compoem uma rota de apoio, caso haja a necessidade de substituição de algum deles. Mas lembrando que 50% dessa frota é totalmente 20/23 [ano dos veículo]. Lembrando que a prefeitura trabalhava com parte da frota, cerca de 30% dela de ônibus de 1992. Isso dava muita manutenção, muito estrago, uma frota totalmente envelhecida, um gasto extremamente alto e que a gente espera a otimização", explicou.
 
Os veículos foram alugados para atender a cidade. Mas mesmo com o valor que deverá ser pago no aluguel, a economia para os cofres públicos será de R$ 12 milhões, garantiu Cinthia.
 
"Porque parte disso, cerca de R$ 4,7 milhões, é o que nós pagávamos para três empresas que tinham a concessão do transporte público. Hoje nós não temos esse gasto com as empresas, por isso é possível nós fazermos toda a renovação da frota, continuamos, inclusive, com o processo de licitação para a compra de novos ônibus, compra e veículso automáticos, veículos que sejam elétricos para compor essa frota e o sistema no formato que nós estamos trabalhando agora é para conhecer nosso transporte público, nós que já estamos aí na condução há mais de um ano", afirmou.
 
Ainda para a gestora, desde que a prefeitura assumiu o comando do serviço, a economia possibilitou ainda a implementação da tarifa zero, que não faz cobranças nas rotas nos fins de semana e feriados.
 
Durante o período de transição, em que houve problemas na contratação dos motoristas e diversas linhas não saíram da garagem, a tarifa chegou a ser suspensa até o dia 5 de março de 2023, retornando após essa data com a gratuidade fora dos dias úteis.
 

Frota usada

A prefeita comentou na entrevista ainda que terminou nesta quarta-feira (31) a requisição administrativa para utilização dos veículos da empresa ViaCap, uma das que encerrou a concessão em 2022. Diante das reclamações sobre problemas nos ônibus, ela explicou que eram usados os ônibus com anos de 1992 a 2019.
 
Dos 100 novos ônibus entregues, sendo 30 em dezembro do ano passado e os 70 agora, a metade tem apenas um ano de uso. "Isso é um investimento na qualidade que o usuário do transporte coletivo merecia e esperava por isso há mais de 30 anos".
 
Dez dos novos ônibus serão destinados exclusivamente para mulheres, seja como usuárias ou motoristas e cobradoras. A prefeitura ainda fará a contratação de mais profissionais mulheres para o serviço, explicou Cinthia.

Começo com problemas

A gestão do serviço foi assumida pela prefeitura em novembro de 2022, após o fim da concessão que durou mais de 30 anos. Desde então o município enfrentou problemas com o sistema de bilhetagem, para contratação de motoristas e superlotação, por exemplo.
 
O transporte público virou alvo de reclamações constantes dos usuários, principalmente da região sul da capital, onde os moradores chegaram a protestos e a fechar o trânsito na frente de estações.