No Tribunal do Júri de Araguaína, o interrogatório de 12 dos 15 réus relacionados à fuga do Presídio Barra da Grota, em outubro de 2018, teve início na sexta-feira (15). Os outros três serão interrogados neste sábado (16), conforme o Tribunal de Justiça (TJ).

Segundo o TJ, 41 testemunhas já foram ouvidas desde segunda-feira (11). O julgamento é presidido pelo juiz Carlos Dutra e segue "ininterrupto" durante este final de semana.

O Tribunal conta com a participação de três promotores, três defensores públicos e dois advogados, com medidas de segurança reforçadas no Fórum de Araguaína durante todo o período do julgamento.

O caso, que envolveu a fuga de detentos e uma rebelião no Presídio Barra da Grota, resultou na morte de dez presos em confrontos com a polícia. Dos 19 réus inicialmente programados para o julgamento, apenas quatro foram julgados em outubro de 2023, com condenações que somaram 82 anos de prisão.

Conforme publicado pelo Jornal do Tocantins, na fuga, 28 conseguiram escapar após usar uma professora que ministrava aulas no presídio e policiais penais como reféns. O homem apontado como líder do grupo, Valdemir Gomes de Lima, e mais 8 fugitivos morreram em confronto com os policiais.

Armados de chunchos, os réus tentaram matar técnicos que acabaram rendidos durante a fuga. Eles furtaram armas dos agentes usadas para outras tentativas de homicídio e de roubo, conforme a denúncia divulgada pelo JTo.

De acordo com o TJ, o julgamento é considerado atípico, com o sorteio de 80 jurados, devido às 48 dispensas solicitadas pelas partes. Cada defesa tem direito a três dispensas de jurados, que totalizam quase 50 dispensas neste caso específico.