Uma confusão envolvendo um policial civil de folga e uma mulher que trabalhava como segurança particular foi registrada na madrugada desta sexta-feira,9, no Parque de Exposições Agropecuárias de Paraíso do Tocantins. Ela contou que foi agarrada pelo pescoço e agredida com um chute no abdômen por impedir a entrada do agente em um camarote.
 
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse que o caso foi registrado e será investigado. Afirmou ainda que não concorda com qualquer tipo de conduta criminosa ou que de qualquer maneira ofenda à ética policial. (Veja a nota completa abaixo)
 
O registro foi feito pela Polícia Militar por volta das 3h30 da madrugada, durante a programação da ExpoBrasil 2023. A PM relatou que foi chamada pela equipe de segurança privada do evento até a portaria do camarote com a denúncia de que a segurança tinha sido agredida e precisou ser levada para o hospital.
 
No camarote, o policial civil de 44 anos alegou que estava autorizado a entrar no camarote com sua esposa, mas teria sido impedido pela segurança. Ele disse que insistiu na entrada, foi agredido com um soco e revidou a agressão.
 
Depois, os militares foram até o Hospital Regional de Paraíso. A segurança, de 27 anos, afirmou que estava trabalhando no camarote e impediu a passagem de uma mulher que estava querendo entrar, mas estava sem a pulseira de autorização.
 
Essa mulher então ligou para alguém e momentos depois chegou o homem, que até então não sabia se tratar de policial civil. Ele teria tentado forçar a entrada e a segurança novamente impediu a passagem.
 
Nesse momento, segundo o relato, o policial teria agarrado e chutado a segurança.
 
A Polícia Militar informou que voltou até o Parque de Exposições, mas o policial tinha seguido sozinho para a delegacia para prestar esclarecimentos. A vítima não foi levada porque seguia internada. O caso foi apresentado ao delegado e foi feito o registro de um boletim de ocorrência.

O que diz a Secretaria de Segurança Pública

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informa que o caso foi registrado na 9ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Paraíso do Tocantins. O suposto agressor não foi preso, pois a situação já não configurava mais flagrante delito. Entretanto, um procedimento policial será instaurado, bem como um procedimento administrativo no âmbito da Corregedoria-Geral da Segurança Pública, para averiguar todas as circunstâncias do fato.
 
Por fim, a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins reitera que não coaduna com qualquer tipo de conduta criminosa ou que de qualquer maneira ofenda à ética policial, postura essa que deve ser partilhada por todos os seus servidores.