Policiais da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas cumpriram nesta sexta-feira, 31, mais um mandado de apreensão pela Operação Tá no Grale, deflagrada pela Polícia Civil para apurar a prática de contravenção penal de exploração de jogo de azar e promoção de loteria sem autorização legal.

A operação tem como alvos o cantor Evoney Fernandes, da empresa “Ta no Grale Produções”, que deu nome à fase ostensiva da investigação, Fábio Oliveira Neto, de 23 anos, e o ator Hitalon Bastos, 27 anos.

É de Bastos o veículo, um BMW branco, ano 2017, modelo  BMW  S20I active flex, avaliado em R$ 150 mil, apreendido nesta sexta-feira, após o humorista ter apresentado o veículo, o que era esperado desde o dia 24 de março, quando outros dois modelos do mesmo carro foram bloqueados pela Justiça.

No dia da operação, o delegado Gustavo Henrique da Silva Andrade, havia informado ao ator, durante interrogatório policial, que havia ordem de sequestro do bem, e o carro deveria ficar apreendido.

O humorista entregou o veículo por volta das 13 horas acompanhado do advogado Eduardo Alexandre de Queiroz Barcelos e Guimarães, de Brasília. 

No dia 24, o primeiro carro apreendido foi de Fábio Oliveira Neto. Ele chegou ao imóvel com dois advogados. Ele dirigia um BMW 320i vermelho, ano 2015, com placa de Anápolis (GO). O carro foi apreendido de imediato, junto com o celular dele, um iPhone. Fábio entregou a Hyundai Azera, ano 2010, com placa de Palmas com ano de fabricação em 2010.

Evoney Fernandes foi abordado no meio da rua, na saída da quadra. Ele dirigia outro BMW 320i, na cor roxa, com placa de Palmas, também do ano de 2015, na LO-09 no sentido da quadra 309 Sul, onde reside. Os policiais recolheram o carro e o aparelho celular.

Depois da abordagem, Evoney apresentou outros veículos. Uma Hillux ano 2021, de cor parta, com placa de Palmas, e uma moto Yamaha MT 09, ano 2016, com placa de Palmas, na cor laranja, avaliada em R$ 640 mil.

A operação nasceu a pedido da 7ª Promotoria de Justiça da capital, no dia 16 de janeiro deste ano. A 1ª Delegacia de Palmas e da 2ª Delegacia Especializada de Repressão às Infrações de Menor Potencial Ofensivo (Deimpo), apura a movimentação milionária de valores obtidos ilicitamente por meio de “rifas digitais”.

Segundo a Polícia Civil, os alvos promoviam rifas nas redes sociais, onde possuem milhões de seguidores, e captavam recursos dos participantes de boa-fé. Até fevereiro deste ano, os três investigados arrecadaram ilicitamente R$ 4.581.316,54, segundo os investigadores. A polícia afirma que de 36 sorteios realizados pelos investigados, 12 não constam os números sorteados e nem ganhador.