A operação para repatriar os estudantes tocantinenses que estão no Paraguai começa neste sábado, 18. Segundo o governo estadual, que disponibilizou dois ônibus para o regaste, o primeiro grupo deve entrar no país por Ponta Porã (MS), eles estão na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero. O número de estudantes que primeiro foi estipulado em 47 e depois 60, agora pode chegar a 90, de acordo com o Palácio Araguaia.  

Apesar de todos relatarem que estão em boas condições de saúde, o grupo deve passar por uma triagem e medir a temperatura antes do embarque, que está previsto para às 12 horas. De acordo com o governo, a prefeitura de Ponta Porã tem dado suporte e vai disponibilizar máscaras e álcool em gel.

Para viagem de quase 2 mil km e que deve durar cerca de 48 horas, a orientação é que os passageiros levem comida e água para se alimentar dentro do ônibus, pois as paradas devem ser apenas para abastecimento. Os veículos devem ser escoltados pela vigilância sanitária e a Polícia Rodoviária Federal. No Tocantins, todos os estudantes vão fazer teste para a Covid-19.

De acordo com o G1 Tocantins, estão no primeiro grupo, estudantes das cidades de: Araguaína, Augustinópolis, Esperantina, Filadélfia, Goiânia, Goianorte, Gurupi, Pequizeiro, Porto Nacional, São Salvador do Tocantins e Santa Rosa do Tocantins.

Caso

Com as fronteiras dos dois países fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus e os tocantinenses impedidos de retornarem para casa, o governo do Tocantins solicitou ajuda ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) no último dia 11. “É uma situação que tem nos preocupado muito, pois esses jovens estão longe de suas famílias, em outro país, foram lá para estudar e também não podem fazer isso e ficaram isolados. Nosso pedido é que possamos trazer de volta esses estudantes tocantinenses e nos colocamos à disposição para viabilizar o retorno deles em segurança e cumprindo todos os protocolos do Ministério da Saúde”, afirmou o governador, Mauro Carlesse (DEM).

Além do Paraguai, o executivo estadual tem recebido pedidos de repatriação de tocantinenses que estão em outros países sul-americanos. Há solicitações na Bolívia e Argentina, mas o governo ainda tem estudado essas demandas.