Uma drogaria irá indenizar uma consultora de venda de produtos de beleza em R$ 30 mil por ter sido chamada de “velha, gorda e feia” pelo gerente da empresa. A decisão foi proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo), que manteve sentença de primeiro grau.

A mulher agredida disse que na primeira semana de ingresso do gerente na filial ele disse que ela, há onze anos na função, era inadequada para a atividade por ser “velha, gorda e feia”, tendo a vítima argumentado que não precisava ter a aparência idealizada por ele, mas ouviu que “estava fora do padrão” e da empresa que o gerente provinha a consultora era “nova, bonita, magra, parecia uma bailarina”. 

Desde então, sempre que chegava alguma mulher “jovem e magra” para entregar currículo na empresa, o gerente dizia que a consultora precisava ser “trocada”. Testemunhas ouvidas confirmaram os fatos e revelaram que alguns comentários eram feitos na frente de outros empregados e que a colega saía para chorar no banheiro.