O Superior Tribunal de Justiça julgou um caso inusitado no último dia 7. Um homem foi acusado do roubo de duas galinhas, mas o resultado segue indefinido, tendo havido empate de dois votos, um a favor e outro contra a condenação. É, na verdade, um absurdo, dessas aberrações que ocorrem no Judiciário brasileiro. 

O defensor público que representou o acusado compartilhou um trecho da sessão nas redes sociais e o caso repercutiu. Ele disse: “Depois de 13 anos de Defensoria Pública eu descobri que o folclórico ladrão de galinhas existe. E eu estava lá defendendo ele. No STJ”, disse com jocosidade. 

O ladrão havia sido absolvido na instância inferior, mas o caso foi reaberto na Corte para a apuração de novas circunstâncias. Um dos membros afirmou que, de acordo com orientações do Supremo Tribunal Federal a insignificância do crime deve ser avaliada ao se considerar se o furto é classificado como qualificado e se é pontual ou habitual. E assim caminha a humanidade.