Que o Judiciário está abarrotado de processos todo mundo sabe, principalmente depois das ferramentas eletrônicas, o que acabou aumentando a judicialização. Com isso, é importante que o advogado peticione de forma objetiva e, com isso, traga os seus argumentos sem ser muito prolixo, facilitando o julgamento. 

O advogado Eik Navarro, doutor em Direito, e que já atuou como juiz por anos, foi entrevistado pelo site Migalhas e deu algumas dicas, como a importância de ser sucinto na redação; a utilização de uma ementa como ponto focal inicial; e, por fim, o enfoque na narrativa dos fatos em detrimento do aspecto jurídico, utilizando técnicas como "storytelling" (habilidade de contar histórias utilizando enredo elaborado, narrativa envolvente) e "copywriting" (processo de produção de textos persuasivos) para impactar emocionalmente o juiz. 

O advogado cita o ministro aposentado do STF, Marco Aurélio, para quem o juiz, em primeiro lugar, decide o que é justo e, só depois, embasa sua decisão na legislação. "Idealizo para o caso concreto a solução mais justa e posteriormente vou ao arcabouço normativo, vou à dogmática buscar apoio", teria dito Aurélio numa fala do ano de 2010.