Redação Jornal do Tocantins
Patricia LaurisUma operação realizada pela Polícia Civil do Tocantins, na manhã desta sexta-feira (24) cumpriu nove mandados contra supostos integrantes de um grupo especializado em assaltar, sequestrar e extorquir vítimas. As investigações apontaram que para ocultar o dinheiro roubado, os envolvidos estariam usando uma plataforma de jogos na internet.
Policiais da 6ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deic) de Paraíso do Tocantins, com o apoio de outras especializadas, cumpriram nove mandados de busca e apreensão em endereços dos investigados em Palmas e no distrito de Luzimangues.
Durante a ação, foram recuperados nove relógios de luxo, alguns avaliados em mais de R$ 5 mil, além de bens que teriam sido comprados com o dinheiro roubado das vítimas.
Os nomes dos alvos da operação não foram divulgados, por isso a reportagem não conseguiu contato da defesa.
A investigação começou após um casal de empresários de Paraíso ser sequestrado por criminosos, no dia 14 de fevereiro deste ano. Segundo a Polícia Civil, eles foram abordados por três homens por volta das 22h, amarrados e feitos reféns enquanto os suspeitos pegavam joias em ouro, 16 relógios de grife e a caminhonete do casal.
O delegado Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho, responsável pela operação, explicou que as vítimas também foram obrigadas a fazer transferências bancárias e após isso, foram deixados na zona rural da cidade de Barrolândia.
O casal encontrou a caminhonete alguns quilômetros depois, após os suspeitos abandonarem o veículo.
Plataforma online
Para ocultar o dinheiro roubado das vítimas, os investigadores descobriram que os suspeitos utilizavam uma plataforma de jogos online. Eles obrigavam as vítimas a realizarem transferências bancárias em nome desta plataforma em questão e segundo a polícia, o objetivo era dificultar o rastreio das quantias.
A investigação descobriu quem é o suposto responsável por operar a plataforma de jogos online e que teria realizado o saque das transferências, mas o nome não foi informado. Dos 16 relógios furtados, a polícia conseguiu recuperar nove.
Os alvos da operação, segundo o delegado, já possuem passagens pelos crimes de roubo a banco, explosão de caixas eletrônicos, latrocínio, extorsão, tráfico de drogas, além de serem apontados como autores de outros roubos e extorsões.
O inquérito policial com os nomes dos envolvidos será enviado ao Judiciário e Ministério Público Estadual. Segundo a polícia, eles devem responder por roubo qualificado por uso de arma de fogo, concurso de pessoas e restrição da liberdade, associação criminosa e lavagem de capitais.
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