O policial civil Wesley Moreira da Silva Feitosa recebeu condenação a 17 anos e dois meses de prisão pela morte do estudante José Elias Bandeira Lopes, de 22 anos, e por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, de Ailton Alves de Araújo, empresário dono do estabelecimento. 

A decisão é do júri concluído na quinta-feira, 30, e a dosagem da pena do juiz Cledson José Nunes. O juiz fixou a pena inicialmente em regime fechado, mas deixou o réu livre para recorrer em liberdade. 

Segundo o juiz, o policial respondeu ao processo solto e o Ministério Público não comprovou a existência de causa recente para a decretação da prisão do réu. 

Familiares já recorreram da sentença com base no artigo 92 do Código Penal. O artigo fixa a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo como efeito da condenação em penas de prisão acima de quatro anos. 

O pedido de reforma da sentença ainda será analisado.

Os crimes ocorreram em 2016 em um bar localizado na quadra 906 sul, quando Wesley Silva chegou ao local, embriagado e na companhia de outros policiais, para comprar bebida. Ao discordar do preço, Wesley iniciou uma briga e efetuou disparos de arma de fogo. 

Cerca de três meses após o crime, o policial foi indiciado pelo homicídio do estudante e lesão corporal contra o dono do bar. 

José Elias morreu no local quando se levantava da mesa para se afastar da confusão. O empresário Ailton ficou hospitalizado por 50 dias. 

Durante o julgamento, o dono do estabelecimento contou ter sequelas das agressões sofridas pelo policial.