O empresário Genilson Cavalcante da Silva, de 39 anos, se apresentou na segunda-feira, 30, na Delegacia da Polícia Civil de Colinas do Tocantins, para cumprimento de mandado de prisão temporária expedido contra ele no dia 28 de setembro pela 1ª Vara Criminal de Colinas. 

Silva é réu em uma ação criminal do Ministério Público que o acusa de ter encomendado o assasinato do jovem Victor Eduardo Gomes da Silva, de 29 anos, ocorrido em junho de 2022. A vítima morreu com 15 tiros. 

A prisão ocorreu por volta das 13h40 quando ele se apresentou acompanhado do advogado Leonardo Sousa Almeida. E deu entrada na unidade prisional de Colinas às 15h. A prisão temporária tem duração de cinco dias, mas pode ser prorrogada pela justiça. 

Relembre a denúncia

O promotor Caleb Melo acusa o empresário de ter contratado Gildário Santana e outro comparsa, apontados como pistoleiros, para montar uma emboscada e matar o jovem pela quantia de R$ 3 mil. O crime teria sido motivado porque o empresário acreditava que a vítima teria estuprado uma filha adolescente do empresário.

“Para a prática do crime, o denunciado Gildário e seu comparsa montaram emboscada, seguindo a vítima após ela sair de casa para trabalhar, a interceptando no caminho, efetuando contra a mesma mais de 15 disparos de arma de fogo”, cita trecho da denúncia.

 Ainda segundo o documento, o comparsa de Gildário foi vítima de homicídio logo após ter cometido o crime. O empresário encontra-se foragido e Gildário Santana  está preso.

O documento cita que o comparsa teria se manifestado insatisfeito com o valor recebido, passando a pressionar Gildário para que fosse pago a ele mais dinheiro, “acontecendo que ele foi vítima de homicídio recentemente, havendo elementos indiciários do envolvimento do representado Genilson”.

Na denúncia, o promotor pede a conversão de prisão temporária em preventiva aos denunciados por oferecerem grave risco à sociedade.

O juiz aceitou todos os pedidos do promotor, mas afirma que em relação à morte de Ofelício Silva, a extinção da punibilidade dele, por conta da morte, será analisada no inquérito principal sobre o caso.