Funcionários que trabalham na empresa Associação Saúde em Movimento (ASM) divulgaram uma carta aberta direcionada ao governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) sobre o atraso no pagamento dos salários dos profissionais que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva no Tocantins.

Segundo a carta divulgada pelos funcionários, recorrer ao governador foi “a última tentativa de solucionarmos essa situação tão triste” e que se arrasta há meses.

“Temos observado nos últimos 9 meses uma recorrência preocupante de atrasos no pagamento dos salários desses profissionais, onde até o momento não foi pago o mês de agosto e agora setembro já que estamos concluindo o mês amanhã, cumprindo o Aviso Prévio”.

No último dia 21, o Jornal do Tocantins mostrou que uma das funcionárias da empresa colocou a moto, uma biz ano 2018, à venda para quitar despesas em aberto, como aluguel, água e energia.

A carta reforça essas dificuldades financeiras aos demais colaboradores da empresa, que não conseguem arcar com despesas essenciais, como moradia, transporte e inclusive alimentação. 

Também pontua o impacto profissional aos funcionários, clima organizacional e a motivação para desempenhar as funções. “[...] é crucial considerar os impactos potenciais na qualidade do atendimento ao paciente. Pois os  funcionários que enfrentam dificuldades financeiras significativas podem estar menos concentrados e comprometidos com suas tarefas, o que pode afetar diretamente a excelência do cuidado proporcionado aos pacientes”.

E finaliza pedindo que o governo do Estado “intervenha em prol dos pais e mães de família, que sejam tomadas medidas urgentes para regularizar os pagamentos dos salários atrasados e também do acerto trabalhista”.

O Jornal do Tocantins enviou e-mail ao governo, à Secretaria da Saúde, ao Ministério Público e à Associação Saúde em Movimento. Se houver retorno, a matéria será atualizada.