A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB) disse em entrevista ao Jornal do Tocantins que não é o momento de falar em campanha nem de comemoração no aniversário de Palmas, que chega aos 31 anos com a marca de 4 mortes e mais de 300 casos confirmados de Covid-19. “Vai depender do cenário, da avaliação do eleitor e será tratado em momento oportuno e que não é esse”.  A gestora considera que a marca de sua gestão está nas obras físicas pela cidade e o equilíbrio das contas e na mudança da imagem do alto custo de vida na capital. “A justiça social e a fiscal voltaram a imperar na cidade. Prova disso é que o ITBI cresceu e o tão "famigerado" IPTU, um fantasma que assombrou a nossa população durante muito tempo, diminuiu”. Confira
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Prefeita, apesar da pandemia e da capital chegar ao aniversário com 4 mortes e mais de 300 casos confirmados de Covid-19, o que temos para comemorar nesse dia 20? 
Palmas completa 31 anos e realmente será o ano mais atípico de todos os outros aqui na capital. Uma capital que nasceu sob a forte representatividade da constituição cidadã, atraindo pessoas de vários lugares do país e do mundo para aqui viverem, formarem suas famílias. Nós estamos passando por uma pandemia e claro, nem de longe imaginávamos passar por tudo isso. É um momento em que se pede total solidariedade, em especial, às famílias que perderam parentes ou amigos devido à Covid-19 e, embora tenhamos grandes feitos na gestão, metas alcançadas, não é momento para se comemorar. Mas, é necessário também que as pessoas entendam e que possamos levar um pouco de esperança para a população, e que ela saiba e entenda que está sendo cuidada e que tudo isso vai passar. E quando passar nós vamos retomar a construção da cidade, a construção dos nossos sonhos, e vamos fazer tudo isso juntos. Hoje é dia de solidariedade, amor e cuidado ao próximo. 
 
A senhora aponta algum erro na estratégia da sua gestão no enfrentamento do coronavírus?
Não aponto nenhum erro. A verdade é que todos nós erramos e acertamos todos os dias. Não existe uma fórmula perfeita para o combate ao novo coronavírus, e nenhum especialista. Vimos aí ao longo dessa crise grandes potências mundiais se renderem à Covid-19. E para os gestores tem sido um desafio constante. Todos os gestores do mundo estão se adaptando, moldando suas ações e tomadas de decisões com base nas referências que os órgãos de saúde e vigilância sanitária nos recomenda. Lembrando que nunca vivenciamos tal situação e tudo é uma vontade muito grande de acertar. Sempre na tentativa de levar o melhor para as pessoas, de colocar como prioridade aquilo que é o valor máximo que nós temos e que é mais sagrado: a nossa vida, o amor à vida. E por essa pauta não temos medido esforços para que a vida de cada um seja preservada.
 
É sua primeira passagem pela gestão da capital, qual seu maior feito como administradora até aqui?
Consideramos como maior feito as obras físicas que estão aí para que a população veja e desfrute dos benefícios e também o equilíbrio das contas, e principalmente, mudar a imagem de que Palmas é uma cidade cara para se viver. A justiça social e a fiscal voltaram a imperar na cidade. Prova disso é que o ITBI cresceu e o tão "famigerado" IPTU, um fantasma que assombrou a nossa população durante muito tempo, diminuiu, as pessoas voltaram a investir, comprar imóveis aqui. Isso é justiça fiscal no sentido real da palavra e tudo isso, com certeza, marca a nossa administração.
 
E qual a sua frustração até aqui? 
Se é que a gente pode dizer frustração, que é um sentimento tão negativo e procuro não explorá-lo em nada na minha vida, é de assumir um mandato pela metade. Usando uma simples comparação é como pegar um carro em movimento e durante o caminho ter que trocar os pneus, arrumar a engrenagem, descer alguns passageiros, subirem outros. Eu gosto muito de planejamento, trabalhar com metas, de inicio, meio e fim para a execução de todas elas. Infelizmente não foi possível isso acontecer pois, não tivemos acesso sequer a algum relatório de transição quando assumimos a gestão. Mas, não tenho o hábito de olhar para trás. A gente não governa, não faz gestão em lugar nenhum do mundo com os olhos no retrovisor. O para-brisas é sempre maior para nos ensinar a olhar para o futuro, olhar para frente para que possamos construir. O retrovisor é para que nunca percamos as referências, porém em uma visão bem menor nos pautando pelas experiências anteriores, e não repetir os erros que porventura tenhamos cometido lá atrás. 
 
Qual palavra chave marcará a Cinthia candidata à reeleição?
Coragem é a palavra que define a gestora Cinthia Ribeiro. E a resiliência é o que marca muito nossa gestão. Nós assumimos a prefeitura com um cenário nada ideal para levar tudo à frente. Ainda assim, nos enchemos de coragem e abraçamos as nossas responsabilidades sem nos furtar a elas. Me considero uma mulher ousada, uma mulher de coragem e de fibra. Uma pessoa que realmente não tem medo. Uma política sem medo.
 
O que a senhora considera seu maior desafio para se reeleger?
Não estamos em um momento para se pensar em campanha eleitoral. Nosso foco agora é administrar essa crise sem precedentes na história da nossa cidade e do mundo todo. Tenho concentrado todo o meu esforço e energia para trabalhar em prol da população. O ditado é verdadeiro: o futuro à Deus pertence. Vamos continuar trabalhando com muita responsabilidade e tudo vai depender do cenário, da avaliação do eleitor e será tratado em momento oportuno e que não é esse. Nosso foco é salvar vidas e fazer tudo que as pessoas precisam, principalmente aquelas que demandam um apoio especial da gestão; porque em momento de crise de saúde e sanitária é quando as pessoas mais precisam do poder público.