A população da terra indígena Xerente da região da Porteira, na cidade de Tocantínia, perdeu a liderança Basilio Dbazanõ Xerente, cacique da Aldeia Angelim. Ele faleceu aos 73 anos, vítima de Covid-19 nesta quarta-feira,22. Deixa esposa e 9 filhos.
 
O ancião era o segundo do clã Isake e faz parte dos três líderes mais respeitados da etnia. Um é pertencente ao clã wahire e outros dois são do clã Isake.
 
Ele estava internado na UTI de hospital particular na capital, após ter sido transferido por UTI terrestre no dia 13 de julho. Durante esse tempo, permaneceu entubado e teve comprometimento pulmonar até seu falecimento.
 
A União Indígena Xerente (Unix) divulgou nota lamentando o falecimento da liderança. "Que Deus conforte os corações dos familiares e amigos em luto", diz o comunicado.
 
Presidente da entidade, Srêwē Xerente, destaca que a importância cultural do líder. “Uma grande perda a nossa tradição e a nossa organização cultural”.
 
O DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena do Tocantins) também emitiu nota demonstrando "profundo sentimento de tristeza" pela morte do cacique. "Neste momento de dor, o DSEI-TO se solidariza com sua família e amigos", diz parte do texto.