Desde o início da semana a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Augustinópolis, que estava com as obras concluídas há três anos mas nunca tinha sido utilizada, está em funcionamento para receber e atender pacientes com sintomas da Covid-19. A medida da Prefeitura Municipal transformou alterou o local para Unidade Sentinela em combate a doença. 

Conforme a gestão, a UPA recebe pacientes que apresentarem sintomas leves, já os casos com sintomas graves são levados para atendimento em Araguaína ou para Palmas. A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que a comunidade entre em contato pelo número (63) 9 9942-1669 antes de procurar atendimento presencial para evitar aglomeração no local.

Apesar das obras da Unidade estarem concluídas desde 2017, mas gestão municipal alegou que não tinha aberto o espaço porque o Município não tinha recursos financeiros para manter a unidade em funcionamento.

Casos

Por duas vezes, em março de 2019 e em março de 2020, o Jornal do Tocantins mostrou a situação da Unidade de Augustinópolis. Esse ano, o relato veio de moradores e visitantes: “ano passado quando vim visitar meus familiares a UPA estava fechada, e esse ano quando vim novamente à situação é a mesma”, relatou, na data, a administradora Onedia Lima. 

Entregue no início de 2017 à gestão municipal, o prédio e muitos equipamentos nunca chegaram a ser usados já que inicialmente, a UPA funcionaria por meio da parceria entre oito municípios da região, que usufruíram do atendimento. Entretanto, em 2019, o então secretário de saúde de Augustinópolis, Gedeão Alves Filho,  disse que nenhuma das cidades tinha interesse em manter a parceria e o município não conseguiria arcar sozinho com as despesas. 

Em estudo, a gestão tinha calculado que os custos da Unidade chegariam em até R$ 600 mil, entretanto, o valor repassado para a unidade seria o de de R$ 200 mil, sendo R$ 100 mil vindos do Ministério da Saúde e outros R$ 50 mil do município e do Estado. Isso porque,  conforme portaria nacional que trata sobre o funcionamento das UPAs, as verbas devem ser divididas, sendo 50% da União e os demais entre estado e município.