A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que vai acompanhar os estudos do medicamento remdesivir, que será testado em pacientes nos Estados Unidos.

Por meio de nota, a agência reguladora declarou que está em contato com a fabricante do remdesivir no exterior, a empresa Gilead, para que possa ter acesso aos resultados da experiência. 

O presidente Donald Trump disse nesta sexta-feira, 1º, que a farmacêutica Gilead recebeu uma autorização emergencial da agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) para o uso de remdesivir. A agência declarou que se trata de um “importante avanço clínico”.

Trump é um dos defensores entusiasmados da cloroquina, caminho seguido pelo presidente Jair Bolsonaro, apesar de a droga apresentar uma série de contraindicações e não ter seu resultado efetivamente comprovado.

A agência americana autorizou o uso do remdesivir nos Estados Unidos apenas para tratamento da doença em pacientes hospitalizados em estado grave. “Nos próximos dias, a Anvisa fará reunião com a fabricante para verificar o interesse e a viabilidade do fornecimento do medicamento no Brasil”, declarou a Anvisa. 

A Gilead, segundo a agência brasileira, tem vários ensaios clínicos em andamento para o remdesivir, com dados iniciais esperados nas próximas semanas. “Caso o benefício do medicamento se comprove, a Anvisa possui mecanismos, como anuência de uso em programa assistencial e priorização de registro, para garantir o acesso célere do medicamento à população.” 

O remdesivir não possui pedido de registro no Brasil. Até o momento, também não houve solicitação de anuência em pesquisa clínica com o medicamento. Até o momento não houve nenhuma solicitação de autorização de uso do medicamento por meio de Programas Assistenciais (Uso Compassivo e Acesso Expandido).