A Justiça fixou pena de seis anos e seis meses de prisão ao homem de 19 anos, acusado de planejar ataques em escolas de Palmas em 2022. O JTo não identificará o autor para evitar que seja enaltecido a partir do conhecimento de sua identidade.

Em audiência que durou mais de 14 horas na terça-feira 20, o Tribunal do Júri convocado pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Palmas o condenou pelos crimes de associação criminosa qualificada e instigação ao suicídio, porém foi absolvido pelo crime de corrupção de menores. Ele aguardava julgamento na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP) desde de 2022.

O juiz Gledson Nunes fixou a pena definitiva em 6 anos e seis meses de prisão, em regime fechado. O magistrado negou ao réu o direito de recorrer em liberdade. Segundo a sentença, permanecem os riscos que fundamentaram a prisão preventiva dele em janeiro do ano passado.

De acordo com as investigações, o acusado corrompeu dois adolescentes para praticarem homicídios em escolas, eles teriam se armado com armas brancas e de fogo. O homem teria ainda induzido e instigado os adolescentes ao suicídio e firmado com eles um “pacto de morte”.

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) apresentou denúncia contra o homem. De acordo com o documento, o denunciado introduziu nas conversas com os adolescentes o assunto de massacres em escolas, a exemplo do ocorrido em Columbine (EUA) e de Suzano (SP) e passou a sugerir que fizessem apenas a título de “brincadeira”, e que fosse reproduzido na Escola Mestre Pacífico um genocídio.

Em um grupo de WhatsApp, os integrantes compartilharam estratégias de ataque e ficavam mudando o alvo (escolas) por diversas vezes.

Processo

Durante o processo foram ouvidas seis testemunhas, incluindo policiais que participaram da investigação e os adolescentes envolvidos no caso, além do interrogatório do acusado.

Prisão

Em janeiro de 2022, a Polícia Civil prendeu o acusado  e apreendeu dois adolescentes, após suspeitar que eles planejavam ataques em escolas da Capital. A investigação foi aberta após os três fazerem publicações com ameaças na internet.  À época, segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o grupo foi desarticulado durante uma operação da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), com o apoio do MPTO.