Num esforço para tentar conter o avanço da Covid-19 que já afetou 81 indígenas da região de Formoso do Araguaia caciques, lideranças indígenas e órgãos de saúde decidiram numa reunião na terça-feira, implantar o confinamento da população indígena nas aldeias, pelos próximos sete dias, enquanto a força-tarefa conclui a testagem da população. 
 
Segundo a Secretaria de Saúde de Formoso do Araguaia, a partir desta quarta-feira, 1º de julho, está "proibida a entrada de toda a comunidade indígena javaé" na cidade pelos próximos sete dias. 
 
O órgão municipal também vai instalar uma barreira sanitária na rodovia que sai de Formoso do Araguaia até o Porto do Piauí, próximo a Coperjava. Segundo o órgão a barreira será "munida com todos os equipamentos necessário, ficais da vigilância sanitária municipal e a polícia militar".

A secretaria explica que compras no comércio de Formoso e recebimento de salários ainda está sendo estudada com comerciantes e donos de lotéricas, uma forma de atender à população.
 
A população contaminada incluis os 65 indígenas aldeados contabilizados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) e os residentes na zona rural e urbana do município. Somente no sábado, 27, e domingo, 28, houve 78 confirmações de indígenas infectados. Não há registro de mortes entre os indígenas pela doença e apenas dois estão internados no hospital municipal de Formoso, com quadro estável
 
A divisão de saúde indígena do DSEI afirma que há concordância houve da comunidade indígena com as medidas decididas após reunião com membros do Ministério Público Estadual, a coordenação do DSEI de Palmas,  Câmara Municipal, com a Coordenação do  Polo de Saúde Indígena de Formoso do Araguaia e Câmara de Dirigentes Lojistas.
 
No Polo de Saúde de Formoso, o entendimento é que ninguém pode impedir o direito de ir e vir do indígena e que toda comunidade indígena está sendo orientada a permanecer isolada nas aldeias até serem concluídas as testagens da população por uma força-tarefa que está nas aldeias. 
 
O polo informa que os indígenas estão cientes de que a estratégia para conter o avanço da contaminação é não sair para a cidade nem para outras aldeias. Há
comunidades que ainda não registraram nenhum caso da doença.