Ainda não é o período de seca mais intensa no Tocantins e na capital tocantinense, mas a área queimada durante o mês de maio deste ano em Palmas, em hectares, chegou a 166 hectares, um dado que representa um aumento de 273% em relação ao que se queimou no mesmo mês do ano passado, quando as queimadas na capital atingiram 44 hectares.

Os dados são do Monitor do Fogo consultados pelo Jornal do Tocantins nesta terça-feira, 20, e também demonstram um aumento de 77 hectares na média de área queimada. Em termos percentuais, houve um aumento de 87 % em relação à variação média anterior de 2022.

A ferramenta Monitor do Fogo mapeia as áreas queimadas mensais no Brasil desde 2019, com base nos dados do satélite Sentinel 2, com atualização corrente a cada mês. O mês mais recente é maio, mas junho também apresenta situações de queimadas na capital, inclusive áreas urbanas.

É o caso de uma queimada no lote 28 da Alameda 27 da quadra Arso 151 (Quadra 1503 Sul). Vizinhos do local acordaram por volta das 7horas com a intensa fumaça provocada pelo incêndio.

Um homem ainda foi visto pelos moradores da quadra em uma moto e garrafas de álcool, o que sugeria que o fogo seria para limpeza, segundo um dos moradores, que não quis ser identificado.

O morador, um engenheiro de 31 anos, registrou um boletim policial nesta terça-feira, 20, por volta das 16 horas e também pediu providências à Ouvidoria do Município. “As pessoas têm que tomar consciência que essas queimadas prejudicam muito o bem estar de todos”.

Ao registrar o boletim policial, o morador disse considerar que se trata de “crime ambiental, conforme lei 9.605/1998 e infração ao código de posturas de Palmas, o que prejudicou todos ao redor, com muita fumaça e ofereceu risco às casas próximas”.