O presidente interino Michel Temer escolheu na noite de terça-feira (31) o ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Torquato Jardim para o comando do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.

O nome teve apoio da bancada do PMDB no Congresso Nacional e o respaldo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem coube indicar o antigo ministro Fabiano Silveira, que pediu demissão na última segunda-feira (30).

Segundo a reportagem apurou, logo após a saída de Silveira, Temer fez questão de informar a Renan por meio de um interlocutor a disposição de ouvi-lo antes da definição de um nome. A sondagem ao nome de Torquato Jardim foi antecipada pela Folha de S.Paulo.

Para evitar resistências tanto do Congresso Nacional como de servidores da pasta, o peemedebista fez questão de escolher um nome da área jurídica com um currículo respeitado em um grande tribunal.

Pelo critério estabelecido, chegaram a ser avaliados também os nomes da ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Nancy Andrighi e do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Velloso.

Os dois últimos chegaram a ser estudados para o Ministério da Justiça quando o peemedebista compôs sua equipe de governo.

Gravado em conversa na qual criticou a Operação Lava Jato, Fabiano Silveira pediu exoneração do cargo após protestos e ameaças de demissões de funcionários públicos, que exigiam a saída dele do cargo.

No diálogo, revelado pelo "Fantástico", Silveira orienta o presidente do Senado e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado a atuarem nos procedimentos em que são investigados na Operação Lava Jato.