Atualizada às 16:17

O senador Ivo Cassol (PP-RO) e os assessores dos deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ), Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) foram flagrados conversando com agenciadores de uma rede de prostituição que atua nas áreas nobres do Distrito Federal e no Rio Grande do Sul. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil da capital da República.

Diferente do que foi publicado na primeira versão da matéria, quem foi flagrado na investigação não foram os deputados Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, mas sim o senador Ivo Cassol e assessores dos deputados.

Os agentes fazem questão de afirmar que o parlamentar e os funcionários públicos não eram alvos do inquérito, mas acabaram aparecendo em conversas relevantes com o cafetão, João Wilson Costa Sampaio. Ele é suspeito de agenciar garotas de programa e marcar encontros sexuais em Porto Alegre e Brasília. Nos últimos meses, as gravações estavam sendo monitoradas com autorização judicial.

Segundo a Polícia Civil do DF, o acusado oferecia como prostituta até mesmo a própria companheira, com quem tem dois filhos.

As mulheres eram usadas para que João Wilson conseguisse se aproximar dos parlamentares. Os diálogos interceptados revelam que um dos interesses do suspeito era a regulamentação da fosfoetanolamina, popularmente conhecida como pílula do câncer.

Diálogo

Em um dos áudios, o senador Ivo Cassol demonstra intimidade com o suspeito e a garota de programa, identificada como Gabriela. 

No último dia 10 de maio, João Wilson estava no gabinete do senador e telefonou para a jovem. Às 17h34, eles conversam e em determinado momento, o telefone é repassado para Cassol.

De acordo com o texto transcrito no inquérito, o parlamentar também conversa com a garota de programa e questiona se Gabriela virá a Brasília, ela responde que sim. Em seguida, ele pergunta “se ela virá sozinha ou com mais gente” e insiste para encontrá-la pessoalmente.