O senador pelo estado de Vermont e pré-candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Bernie Sanders, disse neste domingo que o voto no pleito de novembro em sua adversária na disputa interna na legenda, Hillary Clinton, ou no virtual concorrente pelo Partido Republicano, Donald Trump, representa escolher "o menor de dois males".

"Precisamos de eleições que não tenham dois candidatos que são realmente muito impopulares. Não quero ver o povo americano votando pelo menor de dois males", afirmou o senador em entrevista à rede de televisão "ABC News".

"Quero que o povo americano vote em uma visão de justiça social e econômica, de justiça meio ambiental, de justiça racial, essa é a campanha que nós estamos fazendo e por isso estamos tendo o apoio que estamos tendo", acrescentou.

Perguntado pelo entrevistador se é assim que descreve Hillary em relação a Trump, como "o menor de dois males", Sanders respondeu que "isso é o que o povo americano está dizendo".

"Se olhar os índices de desaprovação de Donald Trump e Hillary Clinton, os deles são muito, muito altos", argumentou.

Trump será o candidato com maior índice de desaprovação da história dos Estados Unidos, com uma rejeição de até 65% em algumas pesquisas, enquanto os dados de impopularidade de Hillary (de mais do 50%) também são altos.

Na mais recente pesquisa sobre popularidade, divulgada hoje pelo jornal "The Washington Post" e pela rede "ABC News", Trump e Hillary têm 57% de desaprovação.

Desde o último dia 4, Trump está sozinho nas primárias republicanas devido às desistências de seus oponentes, por isso deve ser o indicado como candidato presidencial na convenção nacional de sua legenda em julho. Já Hillary segue batalhando com Sanders e tem uma contundente vantagem em número de delegados que votarão na convenção que vai definir o candidato democrata.

A ex-primeira-dama soma 2.293 delegados (incluindo 525 "superdelegados"), contra 1.533 de Sanders (que tem o apoio de 39 "superdelegados") dos 2.383 necessários para garantir a indicação.

Sanders rejeita os apelos de Hillary para que abandone a corrida eleitoral e promete disputar até o último voto na convenção Democrata de julho na Filadélfia.