O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocou neste início de noite de quarta-feira, 19, em votação um novo requerimento pedindo urgência para a tramitação da reforma trabalhista em plenário. Há menos de 300 deputados em plenário.

O relator do projeto, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), insistiu para que o novo requerimento entrasse em pauta ainda hoje, mesmo diante de protestos de líderes da base aliada e da oposição. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) foi um dos que tentaram convencer o tucano de que o requerimento poderia ficar para a próxima semana. "De base desorganizada eu entendo. Vivemos isso. O governo tem de reconhecer que a base está desorganizada", alegou.

Para Orlando, o governo quer dar aparência de tranquilidade no Legislativo diante da repercussão das delações premiadas dos ex-executivos da Odebrecht. O deputado teme que, se aprovado o requerimento, não haja votação do texto na comissão especial, já que a urgência permitirá que o projeto seja votado diretamente no plenário. "É um atropelo injustificável", afirmou.

Os governistas reconhecem que o plenário se esvaziou nos últimas horas, uma vez que muitos parlamentares já voltaram aos seus Estados ou estão em audiências fora da Câmara. A votação dos destaques do projeto da recuperação fiscal dos Estados foi interrompida para priorizar a apreciação do requerimento.

Arthur Maia diz que terminará de ler relatório da Previdência nesta quarta

 

O relator da reforma da Previdência na Câmara, Arthur Maia (PPS-BA), afirmou nesta quarta-feira, 19, que vai concluir a leitura de seu parecer ainda nesta quarta-feira na comissão especial da Casa. "Eu vou ler hoje, a não ser que eu morra antes desse negócio terminar", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, em referência à sessão plenária da Câmara em que estão sendo votados destaques ao projeto de recuperação fiscal dos Estados e a urgência para tramitação da reforma trabalhista. 

Maia começou a ler seu parecer por volta do meio-dia de hoje. Com o início dos trabalhos no plenário, porém, a comissão teve de suspender a sessão, que só será retomada após o fim das votações no plenário. Ciente disso, a oposição está protelando a discussão e votação dos destaques do projeto de recuperação fiscal e a urgência da reforma trabalhista, para fazer com que o relator só possa concluir a leitura de seu parecer na quinta-feira, 20.