O juiz federal Leão Aparecido Alves manteve as prisões dos 14 presos na Operação Decantação. Segundo a TV Anhanguera, a maioria dos suspeitos alegaram problemas de saúde e idade durante a audiência de instrução na tarde desta quarta-feira (24), no prédio da Justiça Federal.

Como a prisão da Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) passa por uma reforma, os presos serão levados para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 4 de prisão temporária, 21 de condução coercitiva e 67 de busca e apreensão. Um mandado de prisão contra um estudante não foi cumprido até as 19h30 desta quarta porque ele não foi encontrado pela Polícia Federal (PF). Além de Goiânia, a ação aconteceu em Aparecida, Formosa, Itumbiara, São Paulo (SP) e Florianópolis (SC).

Foram presos o presidente-diretor da estatal José Taveira Rocha; o diretor de expansão da Saneago e presidente do PSDB Afrêni Gonçalves; o diretor de Gestão Corporativa Robson Salazar; o presidente da Comissão Permanente de Licitações Emmanuel Domingos Peixoto; o diretor comercial Luiz Humberto Gonçalves, conhecido como Betinho da Saneago; o tecnólogo de saneamento Rivadávia Matos Azevedo; José Raimundo Alves Gontijo; e José Vicente da Silva. Entre os empresários que prestam serviço a Saneago, foram presos Frederico Navarrete Lavers, Gilberto Richard de Oliveira, Charles Humberto de Oliveira, Nilvane Romas de Sousa Costa, Carlos Eduardo Pereira da Costa e Rafael Santana Ferreira Sá. 

Investigação

O foco da investigação foi em duas obras da Saneago em que foram utilizados recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Nesses contratos foram constatados prejuízos que somam cerca de R$ 4,5 milhões e prejuízo potencial de mais de R$ 7 milhões.

Segundo as investigações, no Sistema Corumbá VI, que é um sistema de abastecimento de água para abastecer os municípios do entorno do Distrito Federal, foi constatado o prejuízo de R$ 1 milhão e o prejuízo potencial de R$ 6 milhões. Já no Sistema Meia Ponte, que incluía a ampliação da ETE Parque Atheneu em Goiânia, foi constatado o prejuízo de R$ 3,4 milhões e prejuízo potencial de R$ 1,7 milhões.

A investigação também apura outros contratos que somam R$ 1 bilhão.