A popularidade do presidente Temer e do seu governo parecem não estar resistindo aos constantes escândalos. Uma pesquisa feita pelo Datafolha traz que a maioria da população brasileira (63%) é favorável à renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) ainda neste ano para que haja eleição direta. Para acontecer um novo pleito para presidente, seria necessário que Temer deixasse o cargo até 31 de dezembro.

A última denúncia contra o presidente e sua equipe aconteceu na delação premiada de um executivo da Odebrecht. Ele cita que Temer e boa parte da cúpula do Legislativo recebiam repasses ilegais da empresa. Segundo o testemunho do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Temer pediu ao empresário Marcelo Odebrecht R$ 10 milhões para as campanhas do PMDB em 2014.

Segundo o levantamento, 27% dos entrevistados se disseram contra a saída do peemedebista para esse fim, 6% se declararam indiferentes e 3% não souberam responder.

Um novo pleito direto deve ser convocado em 90 dias se os cargos de presidente e vice-presidente ficarem sem titulares, conforme o artigo 81 da Constituição Federal.

Do contrário, a eleição é indireta. "Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional", determina o texto constitucional.