Após as manifestações deste domingo (13), o presidente do PT, Rui Falcão, disse que o "grande desafio" é, na sexta-feira (18), "encher as ruas em todo o país em defesa da democracia".

Por meio de nota divulgada nesta segunda (14), Falcão convoca as pessoas a irem às ruas para também defenderem os "presidentes Lula e Dilma, contra o golpe e por mudanças na economia".

"Diante da reação da militância, dos movimentos sociais e do ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, o presidente Lula respondeu à altura", afirma o petista.

"Relembrou que sempre atendeu os convites para depor, daí a desnecessária e injusta 'condução coercitiva' e a pirotécnica invasão do Instituto Lula, de seu apartamento e das residências de filhos e colaboradores".

Falcão se refere à 24ª fase da Operação Lava Jato, em que o ex-presidente foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento à força-tarefa da Lava Jato, no último dia 4.

Na nota, o presidente do PT ainda comentou sobre o pedido de prisão preventiva de Lula que o Ministério Público de São Paulo fez, na quinta (10). "Ambas, a denúncia e o pedido de prisão, além de violentarem a filosofia (confundiram Engels com Hegel) e atentarem contra o vernáculo, carecem de fundamento legal."

LEIA NA ÍNTEGRA A NOTA DE RUI FALCÃO
"A desfaçatez e a truculência da classe dominante não têm limites. Para quem ainda se ilude com o discurso de seus representantes na mídia monopolizada e no parlamento, supostamente contra a corrupção e a favor da democracia, o sequestro de Lula, na última sexta-feira, dia 4 de março, foi um choque de realidade.

Diante da reação da militância, dos movimentos sociais e do ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, o presidente Lula respondeu à altura. Relembrou que sempre atendeu os convites para depor, daí a desnecessária e injusta 'condução coercitiva' e a pirotécnica invasão do Instituto Lula, de seu apartamento e das residências de filhos e colaboradores.

Disse mais. Que não vão intimidá-lo, nem impedir que continue a lutar pelo que acredita, pelo PT, pelos trabalhadores e pelo Brasil. Se necessário, será candidato em 2018, retomando as viagens e participando de manifestações populares.

Bastou isso para que saudosos da ditadura invocassem, logo no dia seguinte, a intervenção militar em defesa da lei e da ordem que Lula e os petistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca de notoriedade denunciaram o ex-presidente, pedindo sua prisão preventiva. Ambas, a denúncia e o pedido de prisão, além de violentarem a filosofia (confundiram Engels com Hegel) e atentarem contra o vernáculo, carecem de fundamento legal.

Na semana que começa, temos um grande desafio: encher as ruas em todo o País, no dia 18, sexta-feira, em defesa da democracia, dos presidentes Lula e Dilma, contra o golpe e por mudanças na economia. A esta convocação, nenhum de nós pode faltar!"