Líderes da oposição no Senado afirmaram que a 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta sexta-feira (4) mostra que "ninguém está imune" à investigações e nem "acima da lei".

"O presidente Lula merece respeito e consideração mas isso não o torna imune às investigações. Precisamos ter muita serenidade neste momento mas também muita firmeza para tomar as ações adequadas", afirmou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).

A Polícia Federal realiza operação no prédio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luíz Lula da Silva -também conhecido como Lulinha. Essa fase da operação, batizada de Aletheia, apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá.

Lula foi levado de sua casa, mas não será ouvido em São Paulo. O ex-presidente é alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando o investigado é obrigado a depor).

Segundo Cássio, a oposição aposta em uma atuação célere do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que analisa quatro ações apresentadas por partidos contrários ao governo em que pedem a cassação da presidente Dilma Rousseff (PT) e de seu vice, Michel Temer (PMDB).

"A solução para o país é a realização de novas eleições. Para isso, esperamos que o TSE julgue as ações o mais rápido possível. O governo Dilma acabou. Não só em decorrência desses episódios mas também pela incapacidade de conduzir suas obrigações. Pela ausência completa de confiabilidade, ele acabou, disse.

Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, a condução coercitiva de Lula "é uma prova de que as instituições brasileiras, apesar das estocadas anti-republicanas de Lula, Dilma e PT, funcionam plenamente".

"É a confirmação de que ninguém está acima da lei. É a hora, finalmente, de Lula falar e de seu instituto se calar", afirmou Caiado, em uma referência ao Instituto Lula, entidade que responde oficialmente em nome do ex-presidente.