Tânia Monteiro
Agencia Estado"Houve, aí é uma referência feita a partir de dados coletados, interceptações feitas pela imprensa, então isso me parece um dado muito claro", comentou o ministro da Justiça, se referindo a interceptações feitas que apresentariam o nome de Padilha. "Apenas estou esclarecendo processualmente que o ministro Padilha não é investigado. Existem referências feitas ao ministro e divulgadas pela imprensa no âmbito de uma investigação criminal", acrescentou.
Para Cardozo, "é muito injusto, isto vale para qualquer pessoa, que exista prejulgamentos, especialmente de pessoas que não são investigadas". E emendou: "é muito injusto que se prejulgue. Para isso existe inquérito, processo. Para isso existe defesa. Portanto, eu acho que, às vezes, a sociedade tende a fazer prejulgamentos e isso é muito ruim. Para isso existe no Estado democrático de direito o devido processo legal. Portanto, acho que quaisquer prejulgamentos de qualquer natureza são inclusive inconstitucionais porque a própria Constituição diz que as pessoas só são consideradas culpadas após uma decisão judicial transitada em julgado".
Sobre a possibilidade de Alexandre Padilha ser substituído pelo PT em sua pré-candidatura ao governo de São Paulo, por causa das denúncias, o ministro Cardozo disse que não se pronunciava sobre isso e reiterou: "no que diz respeito aos outros aspectos, eu não me pronuncio. Apenas estou esclarecendo processualmente que o ministro Padilha não é investigado (pela PF)".
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