O senador Jorge Viana (PT-AC) assumiu a presidência do Senado, após liminar do ministro do STF Marco Aurélio Mello afastar do cargo o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na noite desta segunda-feira (5). O atual presidente governou o Acre por dois mandatos e é irmão do atual governante do estado, Tião Viana (PT).

Em março, durante investigações da Operação Aletheia, quando Lula foi conduzido coercitivamente a depor, Jorge Viana (PT) apareceu em grampos telefônicos conversando com o advogado do petista, Roberto Teixeira. Na conversa, o senador sugere que o ex-presidente Luis Inácio “enfrente” o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba.

O senador petista fala sobre uma teoria de que, caso Sérgio Moro determinasse a prisão do ex-presidente, o Partido dos Trabalhadores (PT) faria “esse país virar de cabeça para baixo” e fariam dele um “preso político”.

No diálogo interceptado, Jorge Viana (PT) ainda sugeriu que Lula começasse uma greve de fome alegando “insubordinação judicial”. E encerra o telefonema reafirmando que “se prenderem ele, vão torná-lo um preso político”.

Após sete minutos de telefonema a conclusão do atual presidente do Senado foi a de que “o presidente Lula precisa transformar esse confronto numa ação política”.