A revista "IstoÉ" que vai às bancas neste final de semana publica uma reportagem informado que Marcelo Odebrecht, herdeiro do grupo que leva seu sobrenome, teria afirmado que entregou propina em dinheiro ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a revista, Marcelo fez a afirmação em depoimento da delação premiada negociada no âmbito da Operação Lava Jato. O empreiteiro está preso desde 19 de junho de 2015.

Os repasses, segundo a revista, ocorreram após Lula deixar a Presidência da República, em 2010, e o maior fluxo aconteceu entre os anos de 2012 e 2013. A reportagem diz que "aproximadamente R$ 8 milhões foram transferidos ao petista".

A defesa de Lula enviou nota em que diz que a revista promove "uma nova denúncia frívola e sem prova contra o ex-presidente". A assessoria diz que a publicação "lança uma suspeita de recebimento de vantagem indevida nos moldes em que fez, reconhecendo a dificuldade de provar o afirmado".

Diz também que a revista usa um recurso "sem dúvida muito conveniente para delações em gestação no balcão de negócios da Lava Jato, com a finalidade precípua de manchar a honra e a reputação de Lula".

A verdade, afirma a defesa de Lula, é que, após a Lava Jato ter realizado uma devassa na vida de Lula, seus familiares e colaboradores, não foi identificado nenhum valor ilegal por eles mantido no País ou no exterior. Por isso a necessidade de inventar a estapafúrdia versão do dinheiro em espécie, que jamais foi recebido por Lula.