O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em seu depoimento à Polícia Federal que cobra uma tarifa fixa de US$ 200 mil por palestra, "nem mais e nem menos", de acordo com ele.

Ele disse que o foco de suas conferências era "vender" o Brasil, explicar o progresso do Brasil durante seu governo e falar das grandes oportunidades que existiriam no país, no futuro.

De acordo com o ex-presidente, 2013 foi o ano em que mais deu palestras no país e no exterior. Depois disso, o ritmo teria caído, segundo ele, por causa da crise e da falta de projetos sobre os quais falar: "Eu não quero mais viajar só falando do meu governo porque já faz 6 anos que eu deixei o governo".

O ex-presidente explicou que o valor de sua tarifa foi estabelecido com base no que cobraria o ex-presidente norte-americano Bill Clinton: "Nós pegamos um valor do Bill Clinton e falamos o seguinte 'Nós fizemos mais do que ele, então nós merecemos pelo menos igual'."

De acordo com reportagem do "Washington Post", Bill sua esposa e Hillary Clinton, pré-candidata à presidência dos EUA pelo Partido Democrata e ex-secretária de Estado, receberam em média US$ 250 mil por conferência em 2014 e 2015.

A reportagem se baseou em informações das finanças do casal divulgadas por Hillary à Comissão Eleitoral americana. Mas, segundo a mídia norte-americana, o casal não cobra uma tarifa fixa.

Hillary teria recebido mais de US$ 300 mil para falar em eventos de grandes empresas. Já o ex-presidente coletou, por exemplo, US$ 750 mil em um evento promovido pela Ericsson, em Hong Kong, em 2011.

Segundo a imprensa americana, a tarifa de Clinton subiu depois que Hillary assumiu a Secretaria de Estado no governo Obama (ela ficou no cargo entre 2009 e 2013).