Empregadas domésticas que trabalham no condomínio onde mora Eduardo Cunha, no Rio, comemoraram na tarde desta quarta (19) a prisão do ex-deputado.

Pela manhã, operação na casa de Cunha na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, para cumprir a ordem de prisão. O ex-parlamentar, porém, foi capturado em Brasília.

"Não dá para esconder que achei ótimo", disse Jaqueline Santos, 23, que trabalha numa casa próxima à do ex-deputado.

"Quando a minha patroa nos avisou que viu na internet uma notícia sobre a prisão dele, comemorei muito. É mais um safado que vai preso metendo a mão no nosso dinheiro", afirmou Érica Cristina, 35, moradora de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

No despacho, que determinava prisão do ex-parlamentar, Moro destacou o suposto "caráter serial" dos crimes de corrupção cometidos por Cunha, investigado em mais de um inquérito na Lava Jato.

Érica e Jaqueline deixaram o condomínio por volta das 14h30. Vestidas com um uniforme amarelo, elas trabalham na casa de uma estilista e disseram que dificilmente encontram com o ex-deputado.

"Eles são muito reservados. Estão sempre com a persiana fechada. Ninguém sabe o que acontece lá dentro", conta Jaqueline.

Cunha mora num dos condomínios mais reservados na Barra da Tijuca. Na portaria, os funcionários se recusam a dar detalhes da operação da Polícia Federal. Eles informaram apenas que os policiais deixaram o condomínio ainda pela manhã.