Depois de revelar, em audiência ao juiz Sergio Moro, que tem um aneurisma cerebral e reclamar da falta de assistência médica na prisão, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se negou a fazer um exame para diagnosticar o problema, na manhã desta quarta (8).

A informação é do Depen (Departamento Penitenciário do Paraná), responsável pela custódia de Cunha -preso preventivamente há quase quatro meses.
"Ele se negou terminantemente a fazer esse exame, na presença dos médicos", declarou o delegado Luiz Alberto Cartaxo, chefe do Depen.

O fato, inclusive, foi informado ao conselho disciplinar e gerou uma "infração leve" por desobediência à Lei de Execuções Penais, segundo Cartaxo, que será inscrita na ficha carcerária de Cunha.

De acordo com Cartaxo, esta é a segunda vez que Cunha deixa de prestar informações sobre o "alegado aneurisma".

O ex-deputado teria falado pela primeira vez sobre o problema no dia 21 de dezembro, ao corpo clínico do Complexo Médico Penal, onde está detido.

Naquele momento, segundo o diretor, foram solicitados à família e aos advogados de Cunha exames que comprovassem o relato. Nenhum documento, porém, foi encaminhado.

O escritório de Marlus Arns de Oliveira deve enviar à Justiça os exames que comprovam o problema, pedidos ainda na terça à família de Cunha.