Investigado na Operação Lava Jato, o pecuarista José Carlos Bumlai voltou à prisão nesta terça-feira (6). O empresário, que tem 71 anos, se apresentou à Polícia Federal em Curitiba pela manhã, por volta das 10h, vestindo agasalho e tênis, a passos lentos. Ele não falou com a imprensa.

Bumlai estava em prisão domiciliar havia cinco meses para o tratamento de um câncer na bexiga, além de uma cirurgia cardíaca.

Réu sob suspeita de repassar dinheiro ao PT e de tentar obstruir as investigações da operação, Bumlai ainda é investigado por benfeitorias no sítio de Atibaia (SP), que pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem é amigo.

A defesa do pecuarista, que diz que ele foi usado pelo PT como "o trouxa perfeito", pedia a prorrogação da prisão domiciliar, argumentando que seu estado de saúde é grave e requer cuidados médicos.

O juiz federal Sergio Moro, porém, entendeu que os indícios contra o pecuarista "se agravaram" e que a saúde do réu se encontra "estabilizada", já que o tumor regrediu e o tratamento contra a doença foi finalizado.

As novas etapas do tratamento serão aplicadas na própria carceragem da Polícia Federal em Curitiba, determinou o magistrado -ou, se necessário, em hospitais privados da cidade, com escolta policial.