Na capital federal a prisão de Cunha na tarde de ontem (19) teve grande repercussão nos bastidores da política. Há quem diga que uma possível delação do ex-deputado federal, Eduardo Cunha, poderá prejudicar centenas de deputados que receberam ajuda durante sua ascensão de líder do PMDB a presidente da Câmara dos Deputados. De acordo com Aelton de Freitas, líder do PR, Cunha é um arquivo vivo.

O ex-deputado preso ocupou nos últimos cinco anos, cargos de poder que lhe proporcionaram influência direta nas escolhas de relatores de projetos e medidas provisórias estratégicas, além das CPIs. Cunha possui informações confidenciais sobre negociações para aprovação de propostas, além de ter participado ativamente da articulação para dar início ao processo de impeachment.

 

ARTICULAÇÃO

Os peemedebistas afirmam que Eduardo Cunha não é amigo do presidente Michel Temer, mas não podem negar que nos últimos anos, ele esteve presente nas principais reuniões do partido.

Outro aspecto que está causando temor em Brasília é o fato de Cunha ter trabalhado diretamente na arrecadação de recursos para campanhas de vários políticos. O próprio já admitiu que fazia a intermediação com as empresas para conseguir doações oficiais aos seus aliados, não só do PMDB, como de outras legendas.