Quem assistiu ao atendimento do SAMU de Palmas prestado a um agente da polícia civil durante uma crise respiratória, percebeu que os socorristas usavam EPI (Equipamento de Proteção Individual) adequado, diante da pandemia do novo coronavírus que assola o mundo e chegou a Palmas.
 
Mas médicos que atuam no SAMU relatam que aquela roupagem era a última e ainda era doação do Ministério da Saúde durante o auge da propagação do Ebola (em 2016).  
 
“Porém hoje, 22 de março o SAMU de Palmas não tem nenhum EPI, isso mesmo nenhum EPI para fazer um atendimento como ontem”, afirma um médico socorrista, que pediu sigilo do nome, por receio. 
 
As equipes estão apenas com o equipamento usado no dia a dia do atendimento. “Isso [a falta de EPI] coloca o paciente, equipe, profissionais de outros hospitais e contactantes em risco de transmissão”, completa. 
 
O protocolo é usar o EPI adequado para atendimento de casos suspeitos de terem sintoma da COVID-19. Entre os equipamentos indicados estão roupa privativa, sapatos fechados, máscara cirúrgica, protetor facial, luvas, capote ou avental descartável, gorro e propés (sapatilha cirúrgica). 
 
Como no caso do vídeo do atendimento no sábado, apenas o protetor facial (com detalhe amarelo, na imagem) é reutilizável. Os demais, descartáveis.
 
“Aí eu vejo o pessoal falando em comprar respirador, isso me deixa angustiado” diz, emocionado.

Chega hoje

Em nota, a prefeitura de Palmas ressalta que a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) comprou novo quantitativo de EPI, previsto para chegar ainda neste domingo. Também disse que as equipes possuem EPI preconizados pelo Ministério da Saúde.