A imagem do deputado estadual Ricardo Ayres ao lado da senadora Kátia Abreu (PP), postada nas redes sociais do parlamentar, dias após dele ser visto na companhia do filho da senadora, o também senador Irajá (PSD) no Palácio Araguaia, onde se reuniram a sós com o governador interino Wanderlei Barbosa (sem partido), parece indicar uma atuação de Ayres como articulador para uma futura chapa governista com a família Abreu.

Presidente do PP no Tocantins, partido que é um dos pilares da candidatura de Jair Bolsonaro à presidência, Kátia Abreu é candidata natural à reeleição e sua aproximação com Wanderlei tem se intensificado. Há dois dias, em Porto Nacional, ao lado do interino, disse que para o governo de Barbosa mandaria emendas parlamentares com recursos da União, e revelou não ter enviado antes por se tratar do governo de Mauro Carlesse (PSL), afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde outubro.

Barbosa no PSD?

Após a aproximação de Irajá com o governador, inclusive o encontro com Ayres no Araguaia e depois na comemoração de aniversário do deputado, favoreceu a tese de que Wanderlei Barbosa poderia se filiar ao partido do filho da senadora. Antes, era cogitado no PDT.

Ricardo Ayres negou à coluna tanto o encontro no Araguaia quanto o tema da formação de chapa no encontro com a senadora. "Os projetos para o Tocantins que falo são os das emendas parlamentares que discutimos", desconversou.

Chapa quente

Nos bastidores, não causa surpresa a aproximação. Na chapa governista, há também a vaga de vice-governador, também importante porque, se eleito após esse período como interino, Barbosa não poderá disputar a reeleição em 2026. 

E não seria um disparate caso uma articulação final resultasse numa candidatura de Wanderlei à reeleição, pelo PSD, com Kátia de vice-governadora e Professora Dorinha (DEM) disputando o Senado.