Luiz Armando Costa

Se o planeta se unisse em torno do meio ambiente e tomasse contra os países poluidores e desmatadores como o fazem com a Rússia de Vladimir Putin, nessa bola insignificante na sua própria galáxia, um grão de areia comparada a outras galáxias interplanetárias, a projeção de vida na terra talvez fosse outra.

Observando por esta perspectiva, a espécie de deterrência de Putin pode ser que apresentasse um ponto positivo: a aliança dos países contra o arbítrio russo, uma retomada da guerra de expansão de territórios séculos depois de depositada onde deveria estar, no lixo da história da civilização.

É lição que contraria o princípio de que a economia global é que movimentasse as forças e riquezas mundiais. Ou seja, os grandes produtores e processadores, detentores de moedas fortes, determinassem o destino dos países pobres que o conflito expõe ser orientado, na verdade, em larga medida, pela geo-política mundial.

O mundo tem dito não, não só com expedientes retóricos, ao anacronismo russo sinalizador do revisionismo das relações estado/indivíduo do século XXI explicitamente proposto na ação de Putin de negar uma nação, retomando séculos depois, em plena época de movimentações em tempo real, a denominada guerra de conquistas de território.

Obviamente, prevalecesse a idéia, as pequenas nações do planeta (em maioria) e suas populações estariam sujeitas à minoria das grandes potências mundiais para existirem, derrubando,  por lógica, o conceito civilizatório de nação e Estado, gestando, por conseguinte, o arbítrio de líderes autocratas e antidemocráticos.

Como o presidente russo que age à semelhança de Joseph Stalin, outro soviético a quem é atribuída a frase de que “a morte de uma pessoa, uma tragédia; a de milhões de pessoas, uma estatística”. E cujas atrocidades teriam patrocinado a morte de 20 milhões de cidadãos na década de 1930. Dentre elas, o holodomor, a fome genocida de Stalin.

Fome que a guerra de Putin pode agravar no planeta, nele incluso o território do Tocantins que exporta anualmente R$ 10 bilhões em carne, soja e milho para Europa, Ásia e EUA mas convive com 55% de sua população na pobreza e extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 100 por mês. O equivalente a R$ 3 para viver por dia.