O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a afirmar nesta quinta-feira, 8, que a expectativa da pasta para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano é de um crescimento de 3%. Ele falou para empresários mineiros em Nova Lima, Região Metropolitana da Belo Horizonte.

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Meirelles lembrou que as previsões do mercado são de uma expansão de 2,7%, mas que a da Fazenda é de 3%. "Normalmente, a Fazenda costuma acertar (as previsões)", disse o ministro. Ele deixou claro que o pior da crise ficou para trás e que o Brasil acaba de sair da maior crise econômica de sua história.

Meirelles fez menção à queda da inflação e disse que as pessoas ainda não estão tendo a percepção de melhora da economia porque, apesar da geração de empregos, o desemprego continua elevado.

"Num processo de retomada econômica, o emprego informal cresce antes do formal", explicou. Ele disse ainda que, até a eleição, a economia vai melhorar mais a ponto de viabilizar uma candidatura de centro à Presidência da República.

O ministro se negou a fazer prognósticos para a taxa básica de juros e disse que este assunto será deixado para a diretoria do Banco Central. "Eu fui presidente do BC e nunca achei produtivo ministro da Fazenda interferir na política monetária", disse Meirelles, em referência às interferências que o BC sofria da Fazenda quando o petista Guido Mantega era o titular da pasta.

Meirelles foi provocado pela plateia a dar sua opinião sobre as criptomoedas. Na avaliação dele, se trata de um investimento, mas não é um meio de pagamento. "Não tem lastro e não tem banco central", disse. Meirelles disse que as pessoas podem criar um determinado índice e outras podem apostar no tal índice. No começo pode subir, mas depois pode cair. Quem ganhou, ganhou. Mas é uma aposta", disse.