Os candidatos à Prefeitura de Goiânia, Iris Rezende (PMDB) e Vanderlan Cardoso (PSB), decidiram reduzir o tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV no segundo turno. A falta de recursos e o tempo excessivo necessário para gravação e produção preocupam os dois.

Os programas voltam a ser exibidos no dia 12 de outubro (quarta-feira). Como fala a lei eleitoral, a primeira propaganda a ser veiculada é do candidato mais votado. No caso, a de Iris Rezende.

No segundo turno, os candidatos dividem igualmente dois blocos de 10 minutos além de 70 minutos em inserções ao longo da programação diária, um total de 45 minutos por dia para cada. A nova lei determina que o candidato apareça em 75% do tempo de cada programa, o que exige horas de gravação.

Com a redução, tanto Iris quanto Vanderlan passam a ter 5 minutos cada por bloco de propaganda, além das inserções na programação.

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Goiânia confirmou que os candidatos entraram com o pedido, que agora é julgado pelo juiz da propaganda eleitoral. Os candidatos podem usar o tempo que julgarem correto, dentro do limite de cada um. Contudo, afirma o tribunal, os blocos e as inserções devem ser reservados com antecedência. Se não forem utilizados pelos postulantes, aparecerá o aviso em tela azul de "horário reservado".

De acordo com a ONG Contas Abertas, o horário deve custar aos cofres públicos R$ 576 milhões em renúncia fiscal. Os veículos abatem do recolhimento de imposto o valor que poderiam arrecadar caso o espaço fosse comercializado. A redução do tempo de TV, se não ficasse todo reservado, poderia também diminuir o gasto do Tesouro.