A cidade de Mara Rosa foi a terceira cidade do interior a ser alvo de bandidos conhecidos como 'Novo Cangaço'. A quadrilha explodiu cinco caixas do Banco do Brasil no município, na noite de domingo (13).

No começo do ano, um grupo levou o terror a São Miguel do Araguaia, e o ataque resultou na morte de uma jovem que foi atingida pelos disparos.Na semana passada, Alto Horizonte, a 74 quilômetros de Mara Rosa, também foi alvo de bandidos que explodiu dois caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal.

Em entrevista a CBN Goiânia, o porta-voz e assessor de comunicação social da Polícia Militar do Estado do Goiás, tenente coronel Ricardo Mendes explicou que as medidas que cabem a PM já foram tomadas. “Foi deslocado apoio policial de Uruaçu, que é o maior contingente próximo da localidade, para Mara Rosa. As forças de missões especiais, formadas pelo comando de operações de divisa, o grupamento aéreo e os homens do batalhão de operações especiais já estão na cidade com o intuito de restabelecer a paz e a ordem pública”, informou Ricardo.

Questionado sobre a possível relação entre os crimes, Ricardo explicou que cabe a Polícia Civil (PC) a investigação do ataque. “A investigação e identificação e ramificações da quadrilha fica a cargo da Polícia Civil. Mas acredito que pela característica e pelas localidades sim existe uma possibilidade que seja pelo menos uma ramificação destas quadrilhas que atuaram anteriormente”, pontou Ricardo Mendes.

Sobre a reclamação da população em relação ao pequeno efetivo policial na cidade, o porta voz afirmou que o efetivo é de acordo com o perfil da cidade. “Na cidade de Mara Rosa, existe um efetivo policial militar considerável, existe uma equipe de pronta resposta. E é claro que o policial militar é orientado para agir de acordo com o nosso procedimento operacional padrão que é dar uma primeira resposta e se abrigar. Claro que dentro de um contexto de uma superioridade numérica dos indivíduos o primeiro procedimento deles é chamar apoio militar mais próximo e é o que foi feito. Eu acredito que o efetivo que esteja lá está correspondendo com as necessidades normais da população. Casos pontuais são tratados também pelas nossas tropas especiais com efetivo de reforço”, afirmou o Tenente Coronel.

Equipes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Grupo Antirroubo a Banco (GAB), o Grupo Tático (GT 3) e Grupamento de Radiopatrulha Aérea (Graer) também já estão na cidade buscando imagens de segurança e conversando com testemunhas que presenciaram o ataque, contou o assessor de imprensa e delegado Gylson Mariano.

Após o levantamento dessas informações é que as investigações vão começar. Sobre a relação entre os crimes, Gylson não descartou que possa ser a mesma quadrilha. “Não descartamos essa possibilidade, são criminosos especializados e geralmente os mesmos grupos atuam em diferentes locais do Brasil. O GAB já tem uma relação de suspeitos, que são naturalmente suspeitos devido o modo de atuar”, concluiu o delegado.