Veio recentemente à tona a história de uma família que conviveu com o corpo de um filho morto por semanas. De acordo com a BBC, o caso ocorreu em janeiro de 2016, quando agentes da polícia da Catalunha, na Espanha, foram chamados pela proprietária de um apartamento que acusava seus inquilinos — um casal americano — de não paragem o aluguel. Ao chegarem lá, as autoridades espanholas se depararam com um cadáver em estado avançado de decomposição de uma criança de oito anos.

O corpo pertencia a Caleb, um dos três filhos de Bruce e Schrell Hopkins — americanos que haviam se mudado há pouco tempo para a Espanha. Ao responderem as perguntas dos agentes, o casal informou que o filho não estava morto, mas dormindo.

Nas investigações do caso foi descoberto que Caleb estava morto, na verdade, há mais de 1 mês quando seu corpo foi encontrado pelos agentes. A família, então, manteve uma rotina diária junto ao cadáver. Os pais da criança foram levados a julgamento, acusados de não oferecerem os cuidados médicos necessários para salvar a vida do menino.

Ainda de acordo com a BBC, Caleb era asmático e morreu no dia seguinte a uma crise respiratória. Os pais disseram à Justiça que prestaram cuidados a ele, que acabou dormindo em “boas condições”. No entanto, os relatórios apontam que, depois de encontrá-lo morto, a família perdeu “a noção de realidade”, achando que ele realmente estaria dormindo. Tanto que, quando os policiais chegaram na casa, eles informaram aos agentes que Caleb dormia e, quando acordasse, “poderiam conversar com ele”.

A família também foi acusada de colocar suas crenças religiosas, contrariamente às práticas da medicina tradicional, acima da saúde de seus filhos — o casal pratica o pentecostalismo, um ramo do cristianismo protestante.