Esta sexta-feira (27) foi de perdas no mercado financeiro, após as bolsas internacionais e a brasileira acumularem uma semana de valorização. A deixa para a realização de lucros veio do PIB (Produto Interno Bruto) americano, que cresceu menos que o esperado pelos economistas. O dólar também recuou ante o real.

O Ibovespa perdeu 0,24% nesta sexta-feira, mas conseguiu sustentar o patamar de 66 mil pontos conquistado no começo da semana. O principal índice brasileiro acumula alta de quase 10% em janeiro, a 66.033 pontos.

O resultado desta sexta foi puxado pelos papéis da Petrobras e dos bancos, que devolveram parte dos ganhos expressivos registrados na quinta-feira.

As ações preferenciais da companhia (sem direito a voto) recuaram 1,13%, a R$ 15,62. Os papéis ordinários (com direito a voto) caíram 1,78% e terminaram o dia a R$ 17,08.

A companhia acumulou dois dias de perdas com notícias de redução em seus campos de petróleo e também pelo processo por investidores estrangeiros na Holanda. Eles pedem indenização por perdas causadas com corrupção, investigada pela Operação Lava Jato. Por fim, nesta sexta o petróleo se desvalorizava no mercado internacional.

No segmento bancário, o Banco do Brasil perdeu 1,9% depois de ter avançado 6% no pregão anterior, fechando o dia R$ 31,39. As units (grupo de ações) do Santander também registraram queda após impulso de resultado melhor que o esperado no quarto trimestre do ano passado. O lucro do banco cresceu 23% no período, quando comparado com o último trimestre de 2015.

Itaú e Bradesco também recuaram. Fora do Ibovespa, as ações do Banrisul tiveram nova alta, de 6,59%, com a possibilidade de o banco gaúcho ser incluído em um programa de privatização para salvar as finanças do Rio Grande do Sul.

No exterior, as principais Bolsas europeias fecharam no vermelho, a exceção do índice britânico FTSE 100, que avançou 0,32%. Nos Estados Unidos, por volta das 18h30, as bolsas tinha queda moderada.

DÓLAR

A moeda americana fechou o dia também em queda ante o real. O movimento se repetiu ante outros emergentes, como México, Argentina, Rússia e Índia.

Com a notícia de que o PIB dos EUA avançou 1,9%, abaixo do resultado do terceiro trimestre, analistas estimam que a alta dos juros nos Estados Unidos não poderá ocorrer em ritmo tão intenso quanto esperado desde que Donald Trump foi eleito presidente.

O dólar à vista (usado em operações do mercado financeiro) caiu 0,93%, para R$ 3,1533. Já a cotação comercial (usada no comércio exterior) cedeu 0,91%, para R$ 3,1530. O patamar de R$ 3,15 é o menor em três meses.

JUROS

Os contratos futuros de juros negociados na BM&F também recuaram. O vencimento janeiro 2018 foi de 10,960% para 10,935%, enquanto o janeiro 2021 caiu de 10,730% para 10,640%.